Isaac Azar, de 42 anos, dono do restaurante Paris 6, em São Paulo, que acaba de inaugurar uma filial no Rio, viu seu nome ganhar as manchetes de todo país, após um selinho no jogador Emerson Sheik, postado nas redes sociais. Casado há 12 anos com Caroline e prestes a se tornar pai pela terceira vez (ele já tem uma menina de 10 e outra de 11), o empresário diz não temer represálias da torcida do Corinthians. “Eu me relaciono muito bem com eles. Engrossei a massa em Tóquio no título mundial do ano passado. Não quis agredir ninguém, é uma minoria”, afirma, referindo-se às faixas, com os dizeres “Vai beijar a PQP, aqui é lugar de homem” e “Viado não”, hasteadas por torcedores homofóbicos. Para Isaac, o protesto teve o intuito de abrir os olhos da sociedade para a questão do preconceito. “Estávamos na mesa conversando sobre a questão. Eu, Emerson e a namorada uruguaia dele, e pensei: ‘Vamos levantar o assunto?’ Ele topou na hora. Queríamos abrir a discussão e medir até onde a história iria chegar. Imaginava que iria virar notícia em sites de celebridades, mas não virar matéria do ‘Fantástico’ (que será exibida amanhã). Foi uma decisão acertada por se tratar do meio futebolístico, que é muito machista”, afirma Isaac, que rejeita a tal “cura gay”. “Me lembrou a década de 30, o holocausto, o nazismo”, diz o administrador de origem judia.
Filho de um egípcio, ele relembra a reação do pai ao saber do episódio: “Acha que entrou em choque? Deu muita gargalhada”. Formado em administração pela FAAP, em São Paulo, e degustador de azeite de oliva, Isaac se aproximou de Sheik nas rodas do restaurante, ponto de encontro de artistas e jogadores de futebol, que buscam um refúgio longe dos paparazzi. A amizade com Sheik, que será padrinho de seu filho, surgiu nessa rodas regadas a vinho. “Ele será padrinho esportivo porque não é judeu. Quando anunciei que seria pai, os jogadores do Corinthians, inclusive, fizeram o mesmo gesto do Bebeto em 1994. Foi uma bonita homenagem”, recorda-se. (Extra
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