Em sua pior crise nesses dois anos e meio de poder desde que começaram
as manifestações de rua, a presidenta Dilma Rousseff corre atrás do
prejuízo para evitar mais desgastes do governo. Ontem, em vez de
comparecer à final da Copa das Confederações no Maracanã, como previa a
agenda da Fifa, Dilma ficou reunida em Brasília com ministros de várias
pastas. A presidenta cobrou de seus colaboradores medidas concretas para
pôr em prática os cinco pactos anunciados por ela na semana passada. O
objetivo é mostrar que o governo não está parado. Na última
segunda-feira, como resposta às ruas, Dilma anunciou cinco medidas, no
campo da responsabilidade fiscal, da reforma política, de combate à
corrupção, para melhoria da saúde, da educação e do transporte coletivo.
Dilma pretende enviar já nesta semana a mensagem presidencial pedindo a
convocação do plebiscito para fazer a reforma política. Com isso em
mãos, o Congresso publicará um decreto legislativo e dará início ao
processo de consulta popular. Hoje, Dilma fará nova reunião com todos os
ministros. Além das novas propostas, a presidenta quer passar à
população a mensagem de que todos os programas sociais estão funcionando
a pleno vapor. Participaram do encontro no Palácio da Alvorada os
ministros Paulo Bernardo (Comunicações), José Eduardo Cardozo (Justiça),
Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Ideli Salvatti
(Relações Institucionais), Eleonora Menicucci (Políticas para as
Mulheres) e Luiza Bairros (Promoção da Igualdade Racial), Fernando
Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
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