O segundo ato do movimento “Vem Pra Rua” iniciado nas
redes sociais ganhou as ruas de Teixeira de Freitas no início da noite
desta terça-feira, 25 de junho
Antes de todo o percurso, os participantes do protesto se reuniram na
Praça da Prefeitura de onde saíram rumo a sede do poder legislativo
municipal. Apesar da mobilização nas redes, o movimento teve menor
proporção que o primeiro ato realizado na semana passada quando cerca de
5 mil pessoas participaram da ação de protesto.
Wesley Souza um dos representantes do Movimento "Vem Pra Rua", criado nas redes sociais
A menor participação popular do evento, segundo explica Wesley Souza,
um dos organizadores, foi descumprimento de uma decisão realizada em
uma reunião com os movimentos do município. Segundo ele, ficou acordado
que nenhum carro de som faria parte do ato, já que da primeira vez, os
carros teriam servido de palanques políticos descaracterizando o
movimento popular classificado como apartidário.
Carro usado pela UJS e outros movimentos que não foi bem visto por parte dos manifestantes
Apesar da decisão que foi acatada através de voto popular na
internet, o movimento da União da Juventude Socialista, que segundo
Wesley é ligado ao PCdoB, levou para as ruas um carro de som. Alguns
manifestantes que chegaram ao local da concentração teriam se recusado a
fazer parte do protesto e veicularam a informação da presença do
veículo nas redes sociais, o que teria enfraquecido o protesto, de
acordo com o representante do movimento, “nas redes sociais fizeram uma
protesto contra o protesto”, destacou.
O representante da UJS, Baltazar Felipe, afirma que fez parte da
reunião e não se lembra do fechamento acordo que segundo ele foi
proposto por uma minoria. Ele disse ainda, não acreditar que a presença
do carro de som tenha provocado o descontentamento dos que confirmaram
presença na rede. Baltazar destaca que o movimento é democrático, e que a
UJS não pode suprimir os direitos constitucionais de ir e vir.
Depois de circular por algumas ruas do centro da cidade, o manifestou
chegou a Câmara de Vereadores, por conta dos gritos de protesto, os
vereadores mal conseguiram falar e a sessão ordinária terminou mais
cedo.
Beatriz foi a porta´-voz da população na Câmara Municipal de Vereadores
Uma das representantes do manifesto usou a tribuna e reivindicou
melhorias na saúde, educação e segurança pública, Beatriz Ferraz ainda
pediu maior transparência do poder executivo e sugeriu a criação de um
projeto de lei que obrigue o município divulgar as contas públicas e
detalhes dos contratos administrativos.
Alguns movimentos também quiseram usar a tribuna, mas foram impedidos
por conta do regimento interno. Apesar da sessão conturbada, o
presidente Ronaldo Baitakão avaliou o momento como positivo e
democrático.
Ainda nesta terça-feira, o Vem Pra Rua e outros movimentos Estudantis
e da Juventude, participaram de uma reunião com o prefeito João Bosco,
onde foi apresentada uma pauta de reivindicação. Além das questões de
saúde, educação e segurança, a pauta destacava os problemas com o
transporte público e a mobilidade urbana. Wesley garante que a reunião
não foi decisiva, e sim, uma oportunidade de ouvir o prefeito, e garantiu que as manifestações não iram parar até que os problemas sejam resolvidos. fonte:sulbahianews
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