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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

O DESEMPREGO E SUAS CONSEQUÊNCIAS SOCIAIS

O Desemprego é talvez a palavra mais falada, comentada e anunciada da atualidade. A maioria das pessoas já conhece o impacto social e econômico que o desemprego provoca. No entanto, é ao nível psicológico que o desemprego desencadeia consequências graves que condicionam o quotidiano de quem sempre viveu do trabalho.
A nível nacional nunca as taxas de desemprego atingiram níveis tão elevados, abalando o equilíbrio emocional das pessoas afetadas por ele.
Embora o custo econômico do desemprego seja elevado, não há valor monetário que traduza adequadamente o custo humano e psicológico dos extensos períodos de desemprego persistente e involuntário.
Consequências Psicológicas e Sociais do Desemprego:
Os longos períodos de desemprego traduzem-se em maus estar psicológico, intimamente ligadas à deterioração do seu bem-estar físico, bem como à desagregação social:
  • Transtornos mentais leves,
  • Depressão
  • Diminuição da auto estima,
  • Sentimento de frustração e insatisfação com a vida,
  • Dificuldades cognitivas.
Estas são as principais consequências psicológicas, provocadas por uma situação de desemprego prolongado.
Ao desemprego estão, também, associados o aumento dos casos de violência
conjugal e um novo conceito de pobreza, à qual podemos denominar de “ pobreza envergonhada”, talvez a mais difícil de ser gerida ou vivenciada pelas próprias pessoas. No contexto da família, o desemprego provoca desestruturação e desorganização familiar, sendo as crianças as principais vitimas desta situação.
Pode-se, então, afirmar que mais do que um problema meramente econômico, o desemprego elevado é um problema psicológico e social. Desta forma, é fundamental que a análise e avaliação do desemprego ultrapassem a lógica puramente econômica, englobando também a própria pressão psicológica que dado fenômeno promove sobre o desempregado.
O Que fazer em situação de desemprego?
Não existe uma solução rápida ou uma alternativa imediata que permita resolver a situação de desemprego. Contudo é possível atenuar o sentimento de desespero de quem se encontra a passar por esta conjuntura.
O mais importante é não nos deixar invadir por um pensamento negativo e destrutivo e continuar a procurar trabalho com insistência. Outra alternativa poderá passar por aceitar um trabalho que antes era visto como impensável ou mesmo considerado como estando abaixo das nossas capacidades.
Do mesmo modo, é também muito importante, tendo em consideração a questão da autoestima, não perder contactos, não se fechar, não se esconder, evitar o isolamento.
Estabelecer um programa de treino físico e mental (não cair na inércia, manter-se em forma).
Quem vive só deve procurar permanentemente contactos, para colmatar a falta de um meio social de inserção e criar pontos fixos de referência para o seu bem estar psicológico.
Ter cuidado com medicamentos de influência psicológica (administrá-los só segundo receita médica), sobretudo no que diz respeito a fármacos como anti depressivos, entre outros, que provocam graves níveis de dependência, diminuindo a capacidade de iniciativa e de dinamismo das pessoas que os tomam de forma prolongada.
O recurso a técnicas de relaxamento (treino autogénico, yoga, descontração muscular progressiva), ajudam na organização do pensamento e contribuem para um bem estar físico e psicológico;
Organizar atividades físicas diárias durante o dia. Estas atividades surtem um grande efeito em casos de angústia e depressão.
Fazer diariamente um bom percurso a pé deve fazer parte do plano de ocupação diária, para se manter física, psicológica em forma. Esta atividade é de extrema importância para as pessoas que foram afastadas de um dia de trabalho com estrutura rígida associado a um espirito de procura ativa de trabalho que deverá ser mantido
Todas as orientações referidas neste artigo têm um carácter geral. Para uma orientação mais específica é conveniente procurar apoio e acompanhamento psicológico.

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