Um
estudo do centro de Vôo Espacial Goddard da NASA, retransmitida pela RTBF
[grupo de mídia belga], explica que a civilização como a conhecemos hoje poderá
desaparecer nas próximas décadas devido a problemas de gestão dos recursos
naturais e a má distribuição da riqueza. O estudo é baseado em uma nova
ferramenta de análise, chamado Handy (Human and NAture DYnamical, ou Dinâmica
Humana e da Natureza), desenvolvida pelo matemático Safa Motesharrei do Centro
Nacional de Síntese Socioambiental. O estudo foi publicado na revista Elsevier
Journal Ecological Economics. Ao estudar a história das civilizações, os
pesquisadores destacaram as razões que contribuíram para sua queda, seja dos
Maias ou mesmo do Império Romano. Uma série de fatores ligados entre si deve ser
levada em conta, entre elas clima, população, água, agricultura ou ainda
energia. De acordo com a RTBF, Safa Motesharri e seus colegas explicam que
existem dois cenários possíveis para o homem do século XXI. O primeiro seria a
redução, pela fome, das populações mais pobres. “Nesse caso, a destruição do
nosso mundo não seria por razões climáicas, mas devido ao desaparecimento dos
trabalhadores”, ressalta o site de notícias belga. “O segundo cenário de
catástrofe é baseado no sobreconsumo de recursos, que levaria a um declínio das
populações mais pobres, seguido pelo declínio, em um segundo momento, das
populações mais ricas”, acrescenta. Chama atenção, de acordo com os
pesquisadores, que muitos impérios desapareceram principalmente por causa da
cegueira das elites que, até o fim, acreditaram estar protegidas e se recusaram
a reformar o seu sistema de convivência social. Se esses cenários parecem
difíceis de evitar , os cientistas destacam a necessidade urgente de “reduzir
as desigualdades econômicas a fim de assegurar uma distribuição mais justa dos
recursos e de reduzir significativamente seu consumo, baseando-se em recursos
renováveis menos intensivos e num crescimento populacional menor
Nenhum comentário:
Postar um comentário