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domingo, 15 de setembro de 2013

INJUSTIÇA: LEI NO BRASIL SÓ VALE PARA POBRE

A costureira Rita Medeiros da Silva, de 67 anos, não acompanhou a última sessão do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Ela também não sabia que o filho de criação, Keny Silva, de 31 anos, foi preso em flagrante na última quarta-feira pelo furto de um par de chinelos. Mas uma coisa ela sabe: a “Justiça” que colocou seu filho atrás das grades não é a mesma que decidirá, na próxima quarta-feira, o futuro dos condenados pelo desvio de R$ 170 milhões dos cofres públicos:— A lei só vale pra pobre.Rita não tem contato com Keny desde que ele saiu de casa às pressas, há 15 anos. Antes de desaparecer da Favela da Fazendinha, no Complexo do Alemão, ele furtou dinheiro da mãe adotiva e do comércio onde trabalhava, para sustentar o vício em crack.Na madrugada seguinte, homens armados com fuzis bateram na porta de Rita, à procura de Keny. Eles queriam matar o rapaz por infringir a “lei do tráfico”, que proíbe roubos em seus domínios.

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