O cantor José Domingo de Moraes, o Dominguinhos,
faleceu na noite desta terça-feira, 23, no hospital Sírio-Libanês. Ele
lutava há seis anos contra um câncer de pulmão e estava internado desde
janeiro. De acordo com o hospital, ele morreu às 18h, em decorrência de
complicações infecciosas e cardíacas.
Considerado o sanfoneiro
mais importante do país e herdeiro artístico de Luiz Gonzaga
(1912-1989), Domingos nasceu em Garanhuns, no agreste de Pernambuco.
Conheceu Luiz Gonzaga com 8 anos. Instrumentista, cantor e compositor,
Dominguinhos ganhou em 2002 o Grammy Latino com o “CD Chegando de
Mansinho”. Ao longo da carreira, fez parcerias de sucesso com músicos
como Gilberto Gil, Chico Buarque, Anastácia e Djavan. Ainda
criança, Dominguinhos tocava triângulo com seus irmãos no trio “Os três
pinguins”. Quando ele tinha 8 anos, foi “descoberto” por Gonzagão ao
participar de um show em Garanhuns. A “benção” lhe foi dada pelo rei do
baião quanto tinha 16 anos. “Gonzaga
estava divulgando para a imprensa o disco 'Forró no Escuro' quando ele
me apresentou como seu herdeiro artístico aos repórteres”, lembrou-se
Dominguinhos em entrevista no fim de 2012. “Foi uma surpresa muito grande, não esperava mesmo.” De
acordo com ele, o episódio aconteceu somente três anos depois de sua
chegada ao Rio, acompanhado do pai, o também sanfoneiro Chicão.
Mudaram-se para a cidade justamente para encontrar Luiz Gonzaga. “Em
cinco minutos, ele me deu uma sanfona novinha, sem eu pedir nada”,
prosseguiu. Naquele período, Dominguinhos saiu em turnê com o mestre
para cumprir a função de segundo sanfoneiro e, eventualmente, de
motorista.
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