Faltam
apenas três meses para as próximas eleições da mesa diretora do
Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA). Tradicionalmente, nesta
época, iniciam-se as especulações sobre quem ocupará o tão disputado
cargo, que é a chefia de um dos três poderes estaduais. Pela regra da
Corte, o presidente é necessariamente um dos cinco desembargadores mais
antigos, dentre os quais o que está mais cotado é o da desembargadora
Lícia Laranjeira, ex-presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia
(TRE-BA). Outro nome cogitado é o da desembargadora Ivete Caldas, atual
corregedora e considerada linha dura no quesito probidade. Porém, o nome
com menos arestas e considerado certo pela maioria do meio jurídico é
realmente o da desembargadora Lícia Laranjeira. Esta será a primeira
eleição do TJ-BA após a aposentadoria do desembargador Dultra Cintra,
que foi uma grande liderança do tribunal nos últimos dez anos. A grande
surpresa, sem dúvida, é o fato da desembargadora Lícia, ligada à
ex-presidente Silvia Zarif, ser considerada de oposição à atual gestão
do presidente Mário Alberto Hirs, que representa a continuidade da
última gestão da desembargadora Telma Brito. É possível que o ar de
mudanças que paira sobre toda a sociedade civil também esteja na
iminência de chegar ao judiciário baiano, que carece de melhorias e de
uma natural evolução. Somente na semana passada tomaram posse dois novos
desembargadores e ainda neste mês dois outros serão nomeados, o que
represente uma renovação de 10% da Corte. Tomara que, nas próximas
eleições, essas questões internas ligadas a grupos tenham menos
importância frente a uma evolução de um judiciário mais preocupado com a
melhoria da Justiça. Fica a esperança de melhora.
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