Prostitutas
que participaram da campanha de prevenção à aids vetada e depois
modificada pelo Ministério da Saúde decidiram revogar a autorização do
uso da imagem. Nesta quarta-feira (12) uma notificação extrajudicial
deverá ser encaminhada para a pasta exigindo a suspensão de todas as
peças da campanha. "Também vamos formalizar o fim da nossa parceria com o
Ministério", contou a presidente da Rede Brasileira de Prostitutas,
Gabriela Leite. As participantes alegam radical mudança da campanha
original, feita a partir de uma oficina de prevenção. Semana passada, o
ministro da Saúde, Alexandre Padilha, determinou a suspensão da
campanha. A justificativa era a de que as peças não haviam sido
formalmente aprovadas. Dois dias depois, a campanha, com menor número de
peças e com modificações, foi relançada. Em nota, a Rede observa que o
governo retirou do ar peças que tratam de felicidade (com dizeres "Sou
feliz sendo prostituta"), de cidadania (com slogan "O sonho maior é que a
sociedade nos veja como cidadãs") e da luta contra a violência ("Não
aceitar as pessoas da forma que elas são é uma violência"), deixando
apenas as que associam prevenção com camisinha. "A valorização da
autoestima é essencial. Não concordamos com a nova abordagem do
governo", disse Gabriela.A presidente da Rede afirmou ainda que a
organização não participará de nenhuma outra iniciativa com Ministério
da Saúde.
Nenhum comentário:
Postar um comentário