Não
houve meias palavras e nem pedidos velados. No evento do PR que
homenageou o ministro dos Transportes, César Borges, na tarde desta
quinta-feira (9) as lideranças envolvidas não foram nem um pouco
comedidas ao cobrar do ex-governador que privilegie a Bahia no cargo que
assumiu no mês passado. O próprio titular a pasta não se acanhou em
dizer que, ainda que não vá nominalmente dar prioridade à Bahia, “torce”
para que o estado seja o que ganhe mais projetos em sua gestão.
O
primeiro a comemorar a procedência baiana do ministro foi o presidente
estadual do PR, deputado federal José Rocha. Segundo o parlamentar, com
Borges “a Bahia vai melhorar muito suas malhas, especialmente a viária” e
que o ministro tem preparo técnico para estar à frente do cargo. Já o
senador Magno Malta, que é baiano mas foi eleito pelo Espírito Santo,
disse que César Borges encarna um projeto que o PR tem para a
infraestrutura nacional e que, em seu nome, a Bahia e o Brasil legarão
uma grande estrutura para o futuro.
Já
o governador preferiu cobrar o ministro apresentando um argumento
lógico. Segundo ele, a Bahia precisa ter maior atenção no ministério
porque é a segunda maior malha viária do Brasil - atrás apenas de Minas
Gerais - e que há grandes projetos estruturantes na Bahia, a exemplo da
duplicação da BR-101 e a construção a Ferrovia Oeste-Leste e o Porto
Sul. “Em apenas 10 meses de Banco do Brasil, César impressionou pela sua
competência e não tenho dúvida de que fará o mesmo à frente do
ministério. Eu sei que o ministro ama todo o Brasil, mas com certeza ele
tem uma quedinha pela Bahia”.
Sem
fugir à responsabilidade das cobranças, Borges afirmou que pretende
fazer o máximo pelo estado e que tem consciência de que está no cargo
por conta da fidelidade e representatividade que tem junto ao partido.
Por conta disso, afirma que dos 70 editais futuros previstos pela pasta,
ao menos 10 deles são da Bahia e que, se depender dele, outros virão.
“Estou numa grande torcida pela Bahia. Eu sou da opinião e um homem que
fiz que quem não serve para fazer por sua terra, não serve para fazer
por terra nenhuma”, discursou.
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