
Quando a primeira chuva de 2013 caiu no município de
Tucano, no mês passado, a cidade virou uma festa. “A emoção foi tão
grande, que muitas pessoas, incluindo idosos, saíram às ruas para
comemorar tomando banho de chuva”, lembrou o produtor rural Carlos Melo.
O município, que fica a 252 quilômetros de Salvador, entre a região
sisaleira e o semiárido, foi um dos 257 que sofreram os prejuízos da
seca e decretaram situação de emergência no ano passado - 219 ainda
permanecem. Um estudo divulgado ontem pela Federação da Agricultura e
Pecuária do Estado da Bahia (Faeb) revelou que os produtores do estado
tiveram um prejuízo de R$ 4,6 bilhões em 2012. As culturas mais
prejudicadas foram as de milho e feijão sequeiros (não irrigados).
Produzidos em municípios como Paripiranga, Adustina, Cocos e o próprio
Tucano, esses grãos tiveram 90% da safra afetada, somando uma redução de
569 mil toneladas e um prejuízo total de R$ 588 milhões na Bahia. A
situação de Tucano ilustra bem o que ocorreu com milho e o feijão em
parte do estado. “Em 2012, a produção quase deixou de existir com a
seca que vinha desde 2010”, relatou Melo, que atua como vice-presidente
do Sindicato dos Produtores Rurais de Tucano. “Só eu devo ter tido um
prejuízo de cerca de R$ 50 mil”.
Apesar da esperança com as recentes chuvas, os produtores ainda terão que torcer para que elas continuem durante o Inverno. “Devo demorar pelo menos dois anos para recuperar o que perdi em 2012”, calcula Melo. A seca foi tão devastadora, que se alastrou por outras regiões onde o fenômeno não é comum. “O semiárido foi a região mais afetada, mas também houve repercussão no Oeste da Bahia, no Extremo Sul e na região Cacaueira”, afirmou o presidente da Faeb, João Martins, em entrevista coletiva.
Apesar da esperança com as recentes chuvas, os produtores ainda terão que torcer para que elas continuem durante o Inverno. “Devo demorar pelo menos dois anos para recuperar o que perdi em 2012”, calcula Melo. A seca foi tão devastadora, que se alastrou por outras regiões onde o fenômeno não é comum. “O semiárido foi a região mais afetada, mas também houve repercussão no Oeste da Bahia, no Extremo Sul e na região Cacaueira”, afirmou o presidente da Faeb, João Martins, em entrevista coletiva.
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