
medula de um doador geneticamente resistente ao vírus. A mãe da criança chegou a um hospital na área rural em 2010, já em trabalho de parto, e deu à luz prematuramente. Ela não havia feito exames pré-natal e não sabia que era portadora do HIV. Quando um exame mostrou que a mãe poderia estar infectada, o hospital transferiu o bebê para o Centro Médico da Universidade do Mississipi, onde chegou com cerca de 30 horas de vida.
Em
entrevista ao New York Times, a Hannah B. Gay, médica professora de
pediatria, conta que pediu duas amostras de sangue com uma hora de intervalo para testar a presença o HIV no RNA e no DNA do bebê. Os testes detectaram 20 mil cópias do vírus por milímetro de sangue, índice baixo para bebês. Hannah medicou a criança com três drogas usadas para tratamento, não para a profilaxia, sem esperar os exames que confirmariam a infecção. Os níveis do vírus diminuíram rapidamente com o tratamento, e ficaram indetectáveis quando o bebê completou um mês de vida. Assim foi até que a criança completasse 18 meses, quando a mãe parou de levá-la ao hospital. Quando a mãe e a criança voltaram, cinco meses depois, Hannah esperava encontrar alta carga viral no sangue do bebê, mas os testes vieram negativos. Suspeitando de erro nos exames, ela pediu mais testes. — Para minha surpresa, todos voltaram negativos — disse. Depois de mais pesquisa, uma quantidade quase insignificante de material genético viral foi encontrado, mas sem vírus que pudesse se replicar, mesmo que dormente nos chamados "reservatórios" do corpo. Qualificou-se assim uma cura funcional da infecção, de acordo com os médicos. Há casos de bebês que eliminaram o vírus, mesmo sem tratamento. A transmissão do HIV de mãe para filho é rara — especialistas dizem que, nos Estados Unidos, o número de contaminações não chega a 200 por ano, uma vez que mães infectadas são geralmente tratadas durante a gravidez
pediatria, conta que pediu duas amostras de sangue com uma hora de intervalo para testar a presença o HIV no RNA e no DNA do bebê. Os testes detectaram 20 mil cópias do vírus por milímetro de sangue, índice baixo para bebês. Hannah medicou a criança com três drogas usadas para tratamento, não para a profilaxia, sem esperar os exames que confirmariam a infecção. Os níveis do vírus diminuíram rapidamente com o tratamento, e ficaram indetectáveis quando o bebê completou um mês de vida. Assim foi até que a criança completasse 18 meses, quando a mãe parou de levá-la ao hospital. Quando a mãe e a criança voltaram, cinco meses depois, Hannah esperava encontrar alta carga viral no sangue do bebê, mas os testes vieram negativos. Suspeitando de erro nos exames, ela pediu mais testes. — Para minha surpresa, todos voltaram negativos — disse. Depois de mais pesquisa, uma quantidade quase insignificante de material genético viral foi encontrado, mas sem vírus que pudesse se replicar, mesmo que dormente nos chamados "reservatórios" do corpo. Qualificou-se assim uma cura funcional da infecção, de acordo com os médicos. Há casos de bebês que eliminaram o vírus, mesmo sem tratamento. A transmissão do HIV de mãe para filho é rara — especialistas dizem que, nos Estados Unidos, o número de contaminações não chega a 200 por ano, uma vez que mães infectadas são geralmente tratadas durante a gravidez
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