A
revolta dos rodoviários com a demolição de um banheiro no fim de linha
da Sabino Silva, em Ondina, travou o trânsito de Salvador, na tarde de
ontem. A determinação do Ministério Público para derrubar a estrutura
ocorreu após envio de ofício pelo superintendente da Sucom, Sílvio
Pinheiro de Souza. Moradores do bairro alegam que o banheiro funcionava
em um antigo módulo da PM, que era ocupado por ambulantes e moradores do
rua, o que assustava a comunidade. Já os rodoviários afirmam que faziam
“vaquinha” para limpar o local. A categoria promete manter os protestos
hoje e estendê-los pelos próximos dias, até a prefeitura encontrar uma
solução para o problema.
A manifestação começou quando os
rodoviários que circulam em Ondina interromperam os trabalhos logo
depois da demolição, ainda pela manhã. Em solidariedade, por volta das
15h, os motoristas e cobradores do fim de linha do IAPI, Santa
Mônica, Fazenda Grande do Retiro, Pau Miúdo, Praia do Flamego e da
Estação da Lapa resolveram aderir à paralisação.
Na entrada da Lapa e nas vias que dão
acesso à estação, centenas de passageiros andavam de um lado para o
outro sem saber o que fazer para retornar para suas casas.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Manoel Machado, disse que não havia sido informado sobre a demolição e que a determinação foi uma surpresa. “Não sei porque demoliram o banheiro, não fomos informados de nada”, afirmou.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Manoel Machado, disse que não havia sido informado sobre a demolição e que a determinação foi uma surpresa. “Não sei porque demoliram o banheiro, não fomos informados de nada”, afirmou.
Acordo é a maior furada
O presidente do Sindicato dos
Rodoviários, Manoel Machado, afirma que, em 2009, foi assinado um acordo
que garantiu a instalação de 32 banheiros nos terminais. “Até hoje, só
foi instalado um na Ribeira e outro na Pituba. Teve ainda a reforma da
Estação Pirajá, mas já está até precisando de uma nova”, relatou.
Para ele, o que gerou a revolta não foi
apenas a demolição. “O problema é antigo. Noventa por cento dos
terminais não possuem banheiros para os rodoviários. Ou contamos com a
boa vontade dos comerciantes ou temos que fazer nossas necessidades
nas árvores e nos muros”.

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