O processo do mensalão perdeu o juridiquês e ganhou um ar mais
descontraído. Pelo menos durante este carnaval. De marchinhas a
máscaras, o escândalo e seus personagens foram parar no rosto e na boca
do povo durante os blocos. E, quando se fala no tema, não há figura mais
homenageada do que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e
relator do processo na Corte, Joaquim Barbosa. O rosto do ministro está
moldado em máscaras e seu nome foi parar nas letras de sambas e
marchinhas. Barbosa virou até boneco gigante, com direito a toga, no
carnaval pernambucano, homenagem feita com sua autorização. Tudo com a
devida vênia - expressão que os ministros do Supremo e os advogados
repetiam como um mantra no julgamento e que significa "com o devido
respeito". - Já vendemos 26 mil máscaras do Joaquim Barbosa e ainda hoje
(sexta-feira) estamos acabando de pintar as últimas. A última vez que
vendemos essa quantidade de um único personagem foi na primeira eleição
do Lula. Eu não esperava vender isso tudo. Em setembro, tinha feito um
cálculo de dez mil máscaras do Joaquim - disse Olga Valles, proprietária
da fábrica fluminense que produz os itens. Apesar do destaque para
Barbosa, sobrou espaço outros personagens centrais do escândalo, citados
em letras irreverentes, como o operador do mensalão, Marcos Valério, o
ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, o
ex-deputado Roberto Jefferson e o deputado federal José Genoino (PT-SP).
Os cinco foram condenados pelo Supremo.
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