Após uma bateria de exames e uma sequência de adiamentos, a
junta médica da Câmara dos Deputados negou nesta sexta-feira o pedido de
aposentadoria por invalidez do ex-deputado José Genoino (PT-SP). O parecer dos
médicos aponta que Genoino “não é portador de cardiopatia grave” e, portanto,
não deve ser beneficiado com o afastamento laboral. Conforme solicitou o
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, o laudo deve ser
enviado à Corte para sustentar a decisão sobre o pedido de prisão domiciliar do
mensaleiro. Com a negativa, Genoino manterá os vencimentos atuais de cerca de
20.000 reais por tempo de serviço. Se conseguisse o benefício, ele teria
direito ao salário integral e vitalício de deputado, hoje no valor de 26.700
reais. Condenado a quatro anos e oito meses no julgamento do mensalão, Genoino
está provisoriamente em prisão domiciliar em Brasília e aguarda decisão do
ministro sobre a necessidade de retornar para o presídio da Papuda. No final de
novembro, um laudo médico elaborado a pedido de Barbosa constatou que a prisão
domiciliar não era “imprescindível” para o ex-presidente do PT. Ainda assim,
Barbosa estendeu o benefício ao mensaleiro.
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