A Bahia tem 264 municípios identificados pelo Ministério da Saúde (MS)
como prioritários para receber profissionais do programa Mais Médicos,
do governo federal, na intenção de interiorizar a atenção à saúde. Os
números, divulgados ontem pelo Ministério da Saúde (MS), colocam a Bahia
na liderança nacional entre os estados com maior número de áreas com
carência de médicos. Em todo o país, são 1.557 cidades identificadas
como prioritárias para receber os médicos do programa. No último dia 4,
reportagem do CORREIO realizada com base em dados do Cadastro Nacional
de Estabelecimentos de Saúde (Cnes/Datasus) mostrou que em um a cada
quatro municípios baianos a concentração de médicos não passa de 0,2
para cada mil moradores – taxa semelhante à do Afeganistão. Os editais
do programa Mais Médicos que vão permitir que profissionais se
candidatem a vagas no
interior e as cidades solicitem profissionais também foram lançados
ontem. O anúncio foi feito, pela manhã, pelo ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, em entrevista coletiva na Esplanada dos Ministérios,
em Brasília. A Medida Provisória (MP 621) que cria o programa foi
publicada ontem no Diário Oficial da União. A MP prevê o recrutamento de
médicos estrangeiros caso os brasileiros não preencham as vagas, a
abertura de vagas de graduação e de postos de especialização em locais
prioritários e a obrigatoriedade de o estudante de Medicina prestar
serviços para o SUS por dois anos antes de receber o diploma — as novas
diretrizes valem para os estudantes que ingressarem a partir de 2015.
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