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terça-feira, 14 de maio de 2013

PATRÃO QUE NÃO ASSINA CARTEIRA PODE DANÇAR NA DT

Sua empregada doméstica tem carteira assinada? “Não, ela é da família” ou “não precisa, ela já está com a gente há muito tempo” são justificativas comuns dos patrões brasileiros. Sete em cada dez trabalhadores domésticos não têm carteira assinada no Brasil. No Nordeste, a situação é ainda pior: 83,4% permanecem na informalidade. A região possui a menor média salarial para os domésticos: R$ 594 para os que têm carteira assinada e R$ 285 para os que não estão formalizados. O Brasil tem 6,65 milhões de domésticos, mas 4,61 milhões não terão acesso à Emenda Constitucional 72 (conhecida como PEC das Domésticas), aprovada em março. A emenda garante 16 novos direitos para os trabalhadores residenciais. Os outros empregados – os celetistas – já gozam das mesmas leis há 25 anos. 
“Na Constituição de 88, os trabalhadores domésticos ficaram à margem de uma série de direitos como se fosse uma subcategoria. Depois de décadas, uma emenda constitucional busca trazer a igualdade entre os trabalhadores. Isso mostra uma defasagem no tratamento dos domésticos e uma presença de traços da escravidão”, diz Frederico Fernandes, coordenador do Observatório do Trabalho da Bahia, órgão da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).

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