O goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza voltou a
trabalhar em uma fábrica de vassouras na Penitenciária Nelson Hungria,
em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. O direito de
trabalhar foi restituído nesta sexta-feira, após um período de suspensão
como punição pelo envolvimento do atleta em uma briga com outros
detentos no início de abril. Bruno está na cadeia desde junho de 2010 e,
em março, foi condenado a 22 anos e três meses de prisão pelo
assassinato da ex-amante Eliza Samudio e pelo sequestro do filho do
casal. Pela legislação brasileira, cada três dias trabalhados por um
detento dá direito à remição de um dia de pena. O advogado do goleiro,
Lúcio Adolfo da Silva, acredita que em 2015 seu cliente consiga
progressão para o regime semiaberto levando em conta o trabalho e
o tempo que passou preso antes da condenação. Além do trabalho na
fábrica de vassouras ecológicas, feitas com garrafas plásticas e usadas
na limpeza do próprio presídio, Bruno também voltou a frequentar aulas
para tentar concluir o ensino médio. A punição pelo envolvimento do
atleta na briga ainda havia resultado ainda na suspensão dos banhos de
sol e das visitas, benefícios que também foram restituídos ao atleta. No
domingo (19), Bruno precisou de atendimento médico após ingerir
antidepressivos para os quais não tinha indicação médica, mas Lúcio
Adolfo negou que o goleiro tenha tentado o suicídio. Uma investigação
foi aberta para apurar como ele teve acesso aos remédios.
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