Um adolescente de 13 anos pesando apenas
8,8 kg morreu de desnutrição grave depois de sofrer maus-tratos, em Foz
do Iguaçu, no Paraná. Apesar de o crime ter sido registrado no último
dia 5 de abril.
De acordo com o site de notícias “CGN” e
do site “Tribuna Popular Online”, o adolescente foi levado pela família
a um posto de saúde, onde já teria chegado sem vida. O corpo foi
encaminhado ao IML local, e a causa da morte foi confirmada após exames.
O garoto era palestino, mas a mãe,
brasileira. De acordo com o delegado Marcos Araguari, que acompanha o
caso, o pai também é de origem árabe e abandonou a criança, mas
continuou visitando os outros filhos que teve com a ex-mulher. “Além da
magreza, o corpo estava sujo e com crostas na pele”, relatou o delegado
durante entrevista coletiva à imprensa. O delegado também ressaltou que o
padastro, que não está entre os acusados, não teria a obrigação de
alimentar o jovem, mas não devia ter se omitido perante o cenário.
Um inquérito foi instaurado para investigar o crime, usando como base o depoimento do médico
legista e o laudo da perícia realizada no cadáver do adolescente. A
Justiça expediu o mandado de prisão preventiva de 30 dias para a mãe e o
pai, cumprido no mesmo dia.
A investigação revelou que o garoto
tinha problemas neurológicos. “A criança era especial, fato noticiado
pelos próprios pais no interrogatório. Mas esta limitação não seria
motivo para que o menino fosse colocado à míngua a ponto de morrer por
desnutrição”, disse Araguari.
A investigação policial concluiu que os
acusados serão incriminados por homicídio qualificado com emprego de
meio cruel, já que a inexistência de alimentação e de qualquer tipo de
cuidado básico causou sofrimento intenso e desnecessário ao jovem,
resultando em sua morte.
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