Os problemas enfrentados pela
população que sofre com a seca e o descaso do Governo do Estado com os
efeitos da estiagem são os assuntos do comentário do ex-ministro, Geddel
Vieira Lima, desta semana. No áudio, ele fala da revolta do povo
baiano, que tem de abandonar suas casas por falta de água, em pleno
século 21. "Me permitam expressar indignação com absoluta sinceridade",
disse.
Sobre
as ações do Governo do Estado no combate à seca, Geddel destaca em seu
comentário a lentidão e omissão com características da gestão atual em
relação ao problema. "Assistimos na Bahia, mais uma vez, o drama da
seca, sob o olhar passivo e a lentidão de um governo, ao nosso ver,
omisso, que não buscou soluções para o problema e que, perversamente,
usa a seca para seus ganhos políticos, manipulando os mais
necessitados", afirmou, relembrando ainda das propagandas do Estado
utilizando idosas para dizer que a água havia chegado para mais de dois
milhões de baianos.
Dentre
as soluções para o problema, Geddel fala do investimento em sistemas de
retenção e perenização de rios, com barragens e adutoras para
distribuir água para as comunidades.
"Temos
água. Mas falta acesso a ela. Tudo isso está no Plano Estadual de
Recursos Hídricos, feito por especialistas em 2005, e foi abandonado
pelo atual governo. Entre 2003 e 2006, seguindo este plano e se
preparando para esta provável grande seca, foram construídas quatro
grandes barragens, ficando cerca de seis para serem construídas entre o
período de 2007 e 2012. E quantas foram feitas pelo atual governo? Uma,
que já estava em obras e algumas adutoras e pequenos sistemas com
recursos federais. Pouco, muito pouco", denuncia.
O
peemedebista falou ainda do seu trabalho no combate à seca quando
esteve à frente do Ministério da Integração Nacional. "Toquei com
determinação essa transposição do Rio São Francisco. e na Bahia, fiz as
poucas intervenções existentes. A barragem do Gasparino, em Coronel João
Sá, foi concluída, beneficiando toda uma região muito crítica do
semiárido. Assim como a primeira etapa do projeto de Baixio de Irecê,
obra que tiramos do papel depois de dez anos parada. O mesmo com o
projeto do Salitre, lá em Juazeiro e centenas de intervenções: aguadas,
poços artesianos, em pouco mais de três anos", afirmou.
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