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segunda-feira, 1 de abril de 2013

GEDDEL DENUNCIA DESCASO COM A SECA NA BAHIA

Os problemas enfrentados pela população que sofre com a seca e o descaso do Governo do Estado com os efeitos da estiagem são os assuntos do comentário do ex-ministro, Geddel Vieira Lima, desta semana. No áudio, ele fala da revolta do povo baiano, que tem de abandonar suas casas por falta de água, em pleno século 21. "Me permitam expressar indignação com absoluta sinceridade", disse.

Sobre as ações do Governo do Estado no combate à seca, Geddel destaca em seu comentário a lentidão e omissão com características da gestão atual em relação ao problema. "Assistimos na Bahia, mais uma vez, o drama da seca, sob o olhar passivo e a lentidão de um governo, ao nosso ver, omisso, que não buscou soluções para o problema e que, perversamente, usa a seca para seus ganhos políticos, manipulando os mais necessitados", afirmou, relembrando ainda das propagandas do Estado utilizando idosas para dizer que a água havia chegado para mais de dois milhões de baianos.

Dentre as soluções para o problema, Geddel fala do investimento em sistemas de retenção e perenização de rios, com barragens e adutoras para distribuir água para as comunidades.

"Temos água. Mas falta acesso a ela. Tudo isso está no Plano Estadual de Recursos Hídricos, feito por especialistas em 2005, e foi abandonado pelo atual governo. Entre 2003 e 2006, seguindo este plano e se preparando para esta provável grande seca,  foram construídas quatro grandes barragens, ficando cerca de seis para serem construídas entre o período de 2007 e 2012. E quantas foram feitas pelo atual governo? Uma, que já estava em obras e algumas adutoras e pequenos sistemas com recursos federais. Pouco, muito pouco", denuncia.

O peemedebista falou ainda do seu trabalho no combate à seca quando esteve à frente do Ministério da Integração Nacional. "Toquei com determinação essa transposição do Rio São Francisco. e na Bahia, fiz as poucas intervenções existentes. A barragem do Gasparino, em Coronel João Sá, foi concluída, beneficiando toda uma região muito crítica do semiárido. Assim como a primeira etapa do projeto de Baixio de Irecê, obra que tiramos do papel depois de dez anos parada. O mesmo com o projeto do Salitre, lá em Juazeiro e centenas de intervenções: aguadas, poços artesianos, em pouco mais de três anos", afirmou.

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