Segundo colunista, o que girou todos os holofotes,
flashes e câmeras para o pastor e deputado do PSC foi a reação
contrária a ele; 'Como Tiririca, o risco é acabar virando campeão de
votos no Estado mais rico e no próprio país'
2 de Abril de 2013 às 05:18
Nunca um presidente da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias da Câmara ficou tão popular como o pastor e
deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Para a colunista Eliane Cantanhêde,
da Folha, ele ficou famoso não por suas frases de mau gosto, mas pela
reação contrária a ele; e prevê: "o risco é acabar virando campeão de
votos no Estado mais rico e no próprio país".
Leia:
BRASÍLIA - Sabe a história do "falem mal, mas falem de mim"? Foi o que aconteceu com o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP).
Primeiro, reagiu acabrunhado à ira contra sua ida para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
Depois, partiu para o ataque, chamou a polícia legislativa e bateu boca com manifestantes. Agora, virou celebridade!
Se até na França, que desfraldou os princípios de igualdade e fraternidade, milhares vão às ruas contra o casamento gay, imagine aqui, no Brasil, onde as ovelhas de igrejas evangélicas já somam uma grande maioria.
Um punhado de artistas, jornalistas e humanistas horrorizou-se com as posições de Feliciano, mas milhões de pessoas pensam como ele.
Se tivesse ficado quieto no seu canto, Feliciano poderia continuar curtindo o mandato, frequentando seus cultos, fazendo e jargões pela internet, enfim, o que sempre foi: um ilustre desconhecido no Congresso, um a mais do chamado "baixo clero" da Câmara. (Aliás, quantos Felicianos haverá ali?)
Alçado a uma comissão tão simbólica pelo seu PSC, pelo desinteresse do PT e pelo descaso do PSDB e dos grandes partidos, ele já teria ali uns minutos de glória. Mas, fala sério, quantos presidentes de comissão o sr. e a sra. conhecem? O que girou todos os holofotes, flashes e câmeras para Feliciano não foi nada disso, foi a reação contrária a ele.
Como o Tiririca não parece feliz no Congresso e tende a não se candidatar em 2014, o risco é Feliciano acabar virando campeão de votos no Estado mais rico e no próprio país. Já se espalha na rede um viral colocando Feliciano como um possível futuro "presidente" haja visto a expeculação na sua possível grande soma de votos.
Leia:
BRASÍLIA - Sabe a história do "falem mal, mas falem de mim"? Foi o que aconteceu com o pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP).
Primeiro, reagiu acabrunhado à ira contra sua ida para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara.
Depois, partiu para o ataque, chamou a polícia legislativa e bateu boca com manifestantes. Agora, virou celebridade!
Se até na França, que desfraldou os princípios de igualdade e fraternidade, milhares vão às ruas contra o casamento gay, imagine aqui, no Brasil, onde as ovelhas de igrejas evangélicas já somam uma grande maioria.
Um punhado de artistas, jornalistas e humanistas horrorizou-se com as posições de Feliciano, mas milhões de pessoas pensam como ele.
Se tivesse ficado quieto no seu canto, Feliciano poderia continuar curtindo o mandato, frequentando seus cultos, fazendo e jargões pela internet, enfim, o que sempre foi: um ilustre desconhecido no Congresso, um a mais do chamado "baixo clero" da Câmara. (Aliás, quantos Felicianos haverá ali?)
Alçado a uma comissão tão simbólica pelo seu PSC, pelo desinteresse do PT e pelo descaso do PSDB e dos grandes partidos, ele já teria ali uns minutos de glória. Mas, fala sério, quantos presidentes de comissão o sr. e a sra. conhecem? O que girou todos os holofotes, flashes e câmeras para Feliciano não foi nada disso, foi a reação contrária a ele.
Como o Tiririca não parece feliz no Congresso e tende a não se candidatar em 2014, o risco é Feliciano acabar virando campeão de votos no Estado mais rico e no próprio país. Já se espalha na rede um viral colocando Feliciano como um possível futuro "presidente" haja visto a expeculação na sua possível grande soma de votos.
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