Alguns minutos de distração durante uma transação bancária,
realizada pela internet durante o final de semana, resultaram em um
prejuízo avaliado em R$ 10 mil na conta da professora universitária
Raquel Parmegiani. A paulista que vive em Maceió viu a conta bancária
ser praticamente zerada após ser direcionada para uma página clonada de
autoatendimento do Banco do Brasil (BB), na noite do último domingo
(3).
Segundo ela, uma série de fatores contribuíram para o golpe. Primeiro
a página verdadeira travou e a rackeada abriu solicitando dados de
segurança e senhas. Depois, uma pessoa se identificando como como
funcionário do banco ligou informando que a conta estava aberta devido
ao problema do site, e que ela deveria ir até o caixa eletrônico fazer
um procedimento para bloquear o acesso de terceiros. Ao seguir no caixa
eletrônico o passo a passo solicitado pelo falso funcionário, a
professora viu a série de saques, transferências e pagamentos com
retiradas de dinheiro de sua conta.
“Eu achava que se tratava de um procedimento de segurança. Afinal, o
banco possui todos os meus dados. Só que o pior foi que, ao perceber o
golpe, liguei para o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) do Banco do
Brasil e mesmo conversando com um atendente ele expôs que não havia
como bloquear minha conta", disse Raquel.
"Neste curto espaço de
tempo, o fraudador realizou saques, transferências e pagamentos de
boletos de IPVA", expôs a vítima, ao relatar o desespero que viveu ao
ver o dinheiro sendo roubado diante da burocracia estabelecida pelo
banco que não dava opção para que ela bloqueasse a conta.
“Depois
de toda a situação, ao procurar o Banco do Brasil na segunda-feira
(4),
fui informada que teria que abrir um procedimento pela minha agência de
origem, que fica no interior do São Paulo, para fazer o bloqueio. Meu
pai vem resolvendo esse problema comigo por procuração. Até que tudo
seja resolvido, o banco me pediu paciência e reconheceu falhas na
segurança deles”, expôs a professora que, ao registrar o Boletim de
Ocorrência e conversar com gerentes do BB, tomou conhecimento de outros
casos semelhantes de golpes praticados via transação on-line.
Banco do BrasilA assessoria do Banco do Brasil informou que os
clientes que identificarem qualquer irregularidade na sua conta devem
entrar em contato com o atendimento do banco ou procurar uma agência
mais próxima.
No caso de roubo ou crimes como o da professora
Raquel, é preciso fazer um boletim de ocorrência e formalizar uma carta
para ser apresentada ao gerente do banco.Em posse do boletim de
ocorrência e da carta, a pessoa deve procurar a sua agência para
denunciar a fraude. Ainda segundo a assessoria, nesse caso específico, a
professora deve ter acessado uma cópia da página do Banco do Brasil,
facilitando a fraude.
Sobre os telefones de atendimento aos
clientes, o Banco do Brasil garantiu que eles funcionam 24 horas por dia
e durante toda a semana. A assessoria disse ainda que os serviços de
bloqueio de cartão podem ser feitos pelo telefone
.Recomendação
De
acordo com o delegado da Polícia Federal Antônio Miguel, crimes
envolvendo instituições financeiras são comuns. O caso da professora
Raquel chamou a atenção porque ela deve ter acessado outra página e,
mesmo com todos os cuidados que ela afirmou ter tido, caiu no
golpe.“Pelo que ela está relatando, deve ter clicado em um link que deve
ser uma cópia da página do banco.
Inocentemente, ela desbloqueou
algumas ações que impediam que o criminoso pudesse atuar”, afirmou o
delegado.Ainda segundo o delegado, é preciso ter atenção redobrada
quando for acessar contas bancárias pela internet ou celular. “Os sites
dos bancos são 100% seguros, os problemas são as páginas criadas por
hackers que induzem as pessoas a caírem na fraude”, disse.
O
delegado aconselha que, assim que for comprovada a fraude, o cliente
deve procurar uma delegacia para fazer o boletim de ocorrência. Em
seguida, deve procurar a sua agência bancária para comunicar a fraude.
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