Ainda falando cordialmente, o clima de proximidade e entendimento entre o
governo da Bahia e a prefeitura de Salvador parece ter chegado ao fim
com a polêmica envolvendo a transferência do metrô para a
responsabilidade do estado. Em declarações pouco afeitas ao tom exercido
durante os dois primeiros meses de administração de ACM Neto (DEM) no
Palácio Thomé de Souza, o governador Jaques Wagner (PT) apontou a
possibilidade de realocar os recursos destinados ao metrô em outras
obras estruturantes de mobilidade urbana na capital baiana, caso não
haja um consenso entre os Executivos soteropolitano e baiano. De acordo
com a assessoria de Wagner, o prefeito solicitou uma nova reunião, que
pode acontecer ainda no fim de semana – no máximo nos primeiros dias da
próxima –, para rediscutir o cenário atual do metrô. O ultimato estadual
havia sido sinalizado pelo secretário da Casa Civil, Rui Costa, que,
durante a semana, surgiu como porta-voz da falta de acordo com relação à
integração do sistema metroviário e rodoviário urbano,
responsabilizando a prefeitura pela pouca flexibilidade na matéria. Em
audiência pública na Câmara de Vereadores, Costa vociferou que não
restam muitas alternativas ao Palácio de Ondina e, um dia depois, o
governador visita a presidente Dilma Rousseff para tratar, entre outros
assuntos, sobre o imbróglio envolvendo o metrô da capital baiana, cujas
obras se arrastam há 13 anos.
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