O vice-líder
da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado Carlos Gaban
(DEM), voltou a cobrar do governo da Bahia o pagamento do reajuste dos
salários dos servidores do Estado, que deveria ter sido pago desde
janeiro. Durante a sessão plenária do último dia 13, Gaban subiu à
tribuna para mostrar que o governo encerrou o ano com uma sobra de R$
426,8 milhões nas despesas com pessoal e, consequentemente, poderia ter
dado um reajuste maior aos servidores públicos estaduais do que foi
concedido no ano passado.
De acordo com o
parlamentar, os gastos com pessoal no ano passado (44,02%) foram
inferiores a 2011 (44,41%). Outro dado apresentado por Gaban foi o
incremento de arrecadação nos dois primeiros meses deste ano em relação
ao mesmo período de 2012, que teve um acréscimo de R$ 300 milhões e R$
180 milhões, respectivamente. Segundo o vice-líder da oposição,
a
expectativa é de um crescimento de R$ 250 milhões a mais nesse mês em
relação a março do ano passado.
"Isso
prova que o governo ainda não encaminhou o projeto de reajuste dos
servidores a esta Casa por uma simples falta de interesse e
comprometimento com a valorização da classe. O que eu estranho é o
silêncio de todos os sindicatos, com exceção dos auditores fiscais, que
colocaram uma nota paga nos jornais cobrando o pagamento dos salários, e
da classe médica, que também mostrou insatisfação em uma manifestação
um pouco mais tímida", observou Gaban.
O
deputado acredita que os líderes sindicais estejam confundindo
alinhamento político com o governo do PT, com o exercício da atividade
sindical. "Não critico o alinhamento político, mas sim quando ele passa a
prejudicar os servidores públicos. É preciso que ocorra a devida
cobrança dos presidentes dos sindicatos, já que foram eleitos para
defender a categoria que cada um representa", defendeu Gaban.
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