A briga pelo poder na
Câmara de Vereadores do Conde, município localizado no Nordeste baiano,
terminou na igreja. Mas os edis não foram pedir bênçãos divinas. Os vereadores
condenses realizaram a votação da presidência da Casa Legislativa dentro da
paróquia, pois o atual gestor teria escondido as chaves do espaço. Em 50 anos,
esta é primeira vez que a oposição ocupa o cargo na Câmara. A eleição de mesa
diretora do poder Legislativo condense envolve denúncias de licitações com
empresas fantasmas, demissões de servidores, greve de professores e improbidade
administrativa da prefeita Marly Oliveira (PTN). Em conversa com a reportagem
do Bocão News, o presidente eleito, Manoel Valter (PT) apontou as
irregularidades nos últimos anos. De acordo com Valter, o atual presidente da
Câmara, Jânio Oliveira (PTC), aliado da prefeita, tentou a reeleição, mas ao
perceber que os vereadores não o apoiariam, dificultou a realização da sessão.
“Ao perceber que não seria reeleito, ele [Jânio Oliveira] baixou um decreto com
data retroativa para não ocorrer a votação. Mas o vice-presidente conseguiu a
realização, mas tivemos que fazer dentro da igreja porque o presidente escondeu
as chaves e fugiu da cidade”, contou. Dos 11 vereadores, sete deles formam a
oposição. Dois desses eram da base governista, entretanto, os desmandos da
prefeita teriam mudado os rumos dos edis. Ainda de acordo com o presidente
eleito, um dos pontos críticos da gestão de Marly Oliveira foi a paralisação
dos professores municipais.
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