O deputado federal reeleito com maior votação na Bahia, Lúcio
Vieira Lima (PMDB), acredita que seu partido saiu das urnas nessas eleições com
prejuízo. Em entrevista à Veja, o parlamentar diz que sua visão sobre a relação
da legenda com o governo federal, que integra a base aliada, é que de não
aceitar cargos na nova gestão da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT).
"Apesar de o partido ter eleito sete governadores, efetivamente saiu
prejudicado: diminuiu a bancada na Câmara e importantes candidatos a governador
da cúpula do partido perderam a eleição, como o Eduardo Braga (AM), Henrique
Alves (RN) e Eunício Oliveira (CE). O PMDB estava apoiando um projeto
hegemônico do PT, um projeto que só cuidava do crescimento deles",
criticou o deputado, que apesar de estar no partido governista,faz oposição em
sua atuação na Câmara Federal. Em sua avaliação,
a legenda peemedebista sempre ocupou ministérios periféricos. "Então, no
primeiro mandato, o PT ficava com o bônus, e o PMDB com o ônus. Nós éramos
chamados apenas para aprovar projetos, e depois, eventuais bônus das políticas
públicas eram atribuídos ao PT", lamenta.Lúcio diz que o
PMDB não deve aceitar ministério nessa administração, se tiver a pretensão de
ter candidato à presidência da República em 2018. "Só existe uma
candidatura de situação ou de oposição. Se nós estivermos ocupando cargos no governo,
não poderemos ter uma candidatura de oposição. A única opção que teria é uma
candidaturado governo, mas o PT não costuma abrir mão para outros partidos.
[...] Para sinalizar para as bases que nós teremos candidatura própria em 2018,
a primeira coisa que se tinha que fazer é não ter cargos no governo. Se não, é
um projeto que já nasce morto", afirmou.
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