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quarta-feira, 5 de novembro de 2014

LÚCIO ADMITE PREJUÍZOS E PMDB ESTÁ ENFRAQUECIDO

O deputado federal reeleito com maior votação na Bahia, Lúcio Vieira Lima (PMDB), acredita que seu partido saiu das urnas nessas eleições com prejuízo. Em entrevista à Veja, o parlamentar diz que sua visão sobre a relação da legenda com o governo federal, que integra a base aliada, é que de não aceitar cargos na nova gestão da presidente reeleita Dilma Rousseff (PT). "Apesar de o partido ter eleito sete governadores, efetivamente saiu prejudicado: diminuiu a bancada na Câmara e importantes candidatos a governador da cúpula do partido perderam a eleição, como o Eduardo Braga (AM), Henrique Alves (RN) e Eunício Oliveira (CE). O PMDB estava apoiando um projeto hegemônico do PT, um projeto que só cuidava do crescimento deles", criticou o deputado, que apesar de estar no partido governista,faz oposição em sua atuação na Câmara Federal. Em sua avaliação, a legenda peemedebista sempre ocupou ministérios periféricos. "Então, no primeiro mandato, o PT ficava com o bônus, e o PMDB com o ônus. Nós éramos chamados apenas para aprovar projetos, e depois, eventuais bônus das políticas públicas eram atribuídos ao PT", lamenta.Lúcio diz que o PMDB não deve aceitar ministério nessa administração, se tiver a pretensão de ter candidato à presidência da República em 2018. "Só existe uma candidatura de situação ou de oposição. Se nós estivermos ocupando cargos no governo, não poderemos ter uma candidatura de oposição. A única opção que teria é uma candidaturado governo, mas o PT não costuma abrir mão para outros partidos. [...] Para sinalizar para as bases que nós teremos candidatura própria em 2018, a primeira coisa que se tinha que fazer é não ter cargos no governo. Se não, é um projeto que já nasce morto", afirmou. 

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