Segundo a polícia, caderno tinha anotações sobre o crime (Foto: Saulo Prado/ Arquivo Pessoal)
A Polícia Civil encontrou um caderno que reforça a suspeita de que foi
premeditado o assassinato da estudante universitária Bianca Mantelle
Pazinatto, de 18 anos, em Jataí,
no sudoeste de Goiás. Duas amigas da jovem, de 17 e 16 anos, foram
apreendidas suspeitas de cometer o crime. Segundo a polícia, elas
fizeram anotações do que precisariam para matar a amiga, na
segunda-feira (29).
No caderno, estavam listados os objetos que deveriam ser utilizados
para matar Bianca, entre eles uma faca, luvas, e até uma barra de ferro. O corpo da vítima foi sepultado nesta terça-feira (30).
Em depoimento à polícia, a menina mais velha confessou ter cometido o
crime pelo fato de a vítima não ter aceitado manter um relacionamento
com ela. "Ela não ia ficar comigo. Não queria que ela ficasse com
ninguém também", declara. Antes do assassinato, a garota ainda tinha
escrito uma carta para Bianca declarando seu amor por ela.
Na declaração, a suspeita escreve "Te amo muito, não por escolha, meu
coração te escolheu sozinho, não me deu chance de defesa". A adolescente
ainda alerta Bianca para que algo ruim não aconteça. "Perdi tudo para
você e isso está partindo meu coração. Lembre-se de tomar cuidado, pois
muitas coisas bonitas tornam-se ruins lá fora", diz a carta.
Investigações
No caderno com o planejamento do assassinato, havia a descrição do que seria feito com o corpo e os pertences da vítima: “Pega tudo e põe no saco. Ir para Estrela Dalva e queimar. Carregamos a infeliz até o local e queimamos”. No texto, elas ainda apontam cuidados a serem tomados durante a ação, como ligar a televisão e cobrir a placa do carro.
No caderno com o planejamento do assassinato, havia a descrição do que seria feito com o corpo e os pertences da vítima: “Pega tudo e põe no saco. Ir para Estrela Dalva e queimar. Carregamos a infeliz até o local e queimamos”. No texto, elas ainda apontam cuidados a serem tomados durante a ação, como ligar a televisão e cobrir a placa do carro.
Para o delegado que investiga o caso, André Fernandes, as indicações no
caderno apontam que as garotas iam atear fogo no corpo da vitima no
Setor Estrela Dalva. "Conseguimos identificar uma bolsa com os objetos
usados no delito, inclusive, com um litro de álcool lacrado. Em
sequência, elas iam queimar a vítima para diminuir as provas", informou.
Suspeita teria escrito carta de amor para Bianca (Foto: Saulo Prado/ Arquivo Pessoal)
As adolescentes foram apreendidas e encaminhadas para a delegacia da
cidade. Elas devem ser transferidas para um centro de apreensão de
menores infratores em Goiânia.
Enterro
Com a presença de familiares e amigos, o corpo da menina foi sepultado no final da manhã desta terça-feira, em Jataí. A família está transtornada com a morte da menina.
Com a presença de familiares e amigos, o corpo da menina foi sepultado no final da manhã desta terça-feira, em Jataí. A família está transtornada com a morte da menina.
"Nós estamos sem resposta, sem explicação. Não temos o que falar, o que
pensar. Estamos sem chão com essa brutalidade sem tamanho", declarou o
tio da vítima, João Alberto Pazinatto.
Bianca foi morta a facadas, em Jataí
(Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
(Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Desaparecimento
Bianca Mantelle saiu de casa na manhã de segunda-feira dizendo que ia à casa de uma amiga, mas ela não retornou à tarde, o que preocupou a família. Os parentes comunicaram o desaparecimento aos policiais.
Bianca Mantelle saiu de casa na manhã de segunda-feira dizendo que ia à casa de uma amiga, mas ela não retornou à tarde, o que preocupou a família. Os parentes comunicaram o desaparecimento aos policiais.
Após horas de buscas, a Polícia Civil rastreou mensagens do celular da
vítima e chegou à residência de menina de 17 anos. O corpo estava
embrulhado em sacos plásticos embaixo da cama do quarto da suspeita.
Os pertences de Bianca também estavam no local. "Todo o material que
elas usaram, inclusive a faca, foi embrulhado para possível descarte
durante a madrugada", informou o delegado.
A jovem cursava biomedicina na Universidade Federal de Goiás. Conforme
amigos, ela morava em Goiânia para estudar. No entanto, voltou a viver
em Jataí há pouco tempo para ficar mais perto da família
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