O Palácio do Planalto planeja investir em uma sintonia com os
manifestantes brasileiros que cobraram mais rigor em relação à corrupção
no país. Com a chancela da presidente Dilma Rousseff (PT), a ideia é
deslanchar um pacote de decretos na área da transparência e mobilizar o
Congresso Nacional para aprovar o Projeto de Lei 6.826, que prevê multas
pesadas contra empresas corruptoras. A proposta prevê a taxação de até
20% do faturamento bruto de companhias privadas que subornarem agentes
públicos, fraudarem licitações ou dificultarem investigações de agências
reguladoras e do Banco Central. Além disso, o projeto prevê a criação
do Cadastro Nacional de Empresas Punidas (CNEP), com a relação de
companhias multadas e o tipo de sanção. A ideia é dar urgência à
aprovação da proposição que serviria para afastar do governo federal a
imagem da leniência com a corrupção, levantada por manifestantes nos
últimos dias pelas ruas do Brasil. O pacote anticorrupção do governo,
que não mexe no loteamento político dos órgãos, inclui a edição de dois
decretos. O primeiro deve ser publicado nas próximas semanas e
regulamenta a lei que prevê punições a integrantes do alto escalão do
Executivo envolvidos em conflitos de interesse. O texto trata das
situações geradas pelo confronto entre interesses públicos e aumenta a
chamada "quarentena" no serviço público. Também está pronto o "Decreto
Ficha Limpa" na gestão pública. O texto já foi concluído, após longas
discussões no governo, e está na Casa Civil aguardando uma posição da
líder nacional. A norma cria critérios para a nomeação de funcionários
em cargos de confiança.
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