O Partido Social Cristão (PSC), legenda do deputado
federal Marco Feliciano (SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos
da Câmara, entrou nesta terça-feira (21) com ação no Supremo Tribunal
Federal (STF) para pedir a suspensão de resolução do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ) que obriga os cartórios de todo o país a celebrar o
casamento civil e converter a união estável homoafetiva em casamento.
Feliciano é alvo de protestos desde que assumiu o comando da comissão
por falas supostamente homofóbicas e racistas. Para o PSC, cabe ao
Congresso Nacional decidir sobre o tema. O partido argumenta, em um
mandado de segurança, que houve “abuso de poder” ao impedir que
parlamentares discutissem o tema. O mandado de segurança é um tipo de
ação contra abuso de poder de autoridades públicas. O relator do
processo é o ministro Luiz Fux, que poderá suspender a regra do CNJ
provisoriamente ou levar a decisão direto para o plenário do STF. Isso
não tem prazo para ocorrer. Para o PSC, a resolução do CNJ “não tem
força legal” por não ter sido submetida a debates no Legislativo. “[A
resolução] não foi submetida ao devido processo legislativo, sendo
incluída no mundo jurídico com força de lei, mas maculada de
inconstitucionalidade e vícios de formalidade. [...] O CNJ usurpa
atribuições dos membros do Congresso Nacional e do PSC.”
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