Ainda faltam alguns meses para as eleições de 2014, mas o clima já
vem esquentando entre os pré-candidatos ao governo da Bahia. As trocas
de farpas entre o presidente da Assembleia Legislativa (Alba), Marcelo
Nilo (PDT), e o dirigente estadual do PMDB, Geddel Vieira Lima, por
exemplo, tem chamado atenção. Após citação de um caso na Câmara de
Vereadores de Alagoinhas como “ofensa à sociedade civil”, em que o
pedetista teria desprezado a honraria de cidadão do município, Nilo
rebateu a declaração afirmando que Geddel se “incomoda” com a
candidatura dele. O mal-estar entre os pré-candidatos teria começado
após o peemedebista ter acusado Nilo de montar “estratégia” para se
projetar na possível candidatura, através de recebimento de títulos de
cidadão de municípios do interior.
O dirigente estadual do PMDB ainda ressaltou que a “tática” não é
eficaz e lembrou um suposto “desprezo a honraria” cometido por Marcelo
Nilo, na Câmara de Vereadores de Alagoinhas. Na época, o presidente da
Alba foi criticado por ter ido embora antes do término da cerimônia e
ter deixado um representante para receber o título. Em defesa, Marcelo
Nilo disse ao Bahia Notícias que sua candidatura deve “incomodar”, pois
“ninguém bate em cachorro morto”. Irritado, o presidente ainda comentou o
episódio de Alagoinhas e explicou o que teria acontecido no município.
“Isso não é verdade. Quando terminou o evento eu tive que sair
rapidamente para outro compromisso e um assessor da minha equipe,
Salomão, que mora em Alagoinhas, preferiu levar para casa para depois me
entregar”, contou. Nilo ainda completou ressaltando que “título de
cidadão é uma oferta das pessoas. Mais importante do que receber é
merecer”. Numa tentativa de amenizar a situação, o presidente do PMDB
afirmou à Tribuna que as últimas declarações dadas foram mal
interpretadas.
“Não fiz crítica alguma a Marcelo Nilo. Só falei que acho difícil a
candidatura dela, pois não é o preferido do governador, além de ser
pouco conhecido. Apenas citei o episódio de Alagoinhas, o que toda a
imprensa já havia divulgado. Não tenho hábito de chutar cachorro morto e
nem quase morto. Tenho muito apreço e respeito pelo presidente da
Assembleia. Desejo boa sorte no convencimento com o governador Wagner”,
declarou.
Tribuna da Bahia
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