A diretoria colegiada da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu nesta segunda-feira (27), por dois
votos a um, manter no Brasil o comércio de medicamentos emagrecedores a
base de sibutramina. A decisão ocorre depois de a área técnica da
agência realizar ao longo de um ano estudos sobre os riscos do
medicamento para a saúde humana. Desenvolvida como antidepressivo, a
sibutramina é uma substância aplicada no tratamento de obesidade,
vendida mediante prescrição médica. Em 2011, a agência impôs regras mais
rigorosas para o comércio. A validade da receita médica, por exemplo,
foi reduzida de 60 dias para 30 dias. A medida foi tomada em virtude de
um dos principais estudos científicos já feitos sobre a sibutramina,
chamado de Scout, que apontou que o medicamento aumentaria em 16% o
risco de doenças cardiovasculares em pacientes com histórico prévio. A
pesquisa Scout (Sibutramine Cardiovascular Outcome Trial) fez a agência
reguladora europeia banir a sibutramina. Estados Unidos, Canadá e
Austrália também baniram o produto. O estudo contou com 9 mil pacientes
obesos, monitorados durante cinco anos. Parte deles recebeu sibutramina e
outra parte tomou uma medicação sem efeito (placebo).
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