Em 2012, a cidade de Amargosa foi sorteada pela CGU
(Controladoria Geral da União), para receber a 37ª etapa do programa de
fiscalização através de sorteios públicos. Trata-se de uma espécie de auditoria
a respeito da aplicação dos recursos Federais no Município.
A equipe de auditores esteve em Amargosa entre os dias 22 e
26 de outubro de 2012, e de acordo com o texto do relatório, “os trabalhos
foram realizados em estrita observância às normas de fiscalização aplicáveis ao
Serviço Público Federal, tendo sido utilizadas, dentre outras, as técnicas de
inspeções físicas e registros fotográficos, análises documentais, realização de
entrevistas e aplicação de questionários”.
Ao todo o relatório da CGU tem 53 páginas e faz uma análise
detalhada a respeito da aplicação de recursos do Governo Federal em programa
como Bolsa Família, Acesso a alimentação (Merenda escolar), USF’s, Educação
Básica, entre outros.
A fiscalização apontou para inúmeras irregularidades
cometidas pela antiga gestão do Município de Amargosa, a exemplo de famílias de
servidores municipais com renda superior à estabelecida na legislação do
Programa, recebendo o benefício do Bolsa Família. A irregularidade foi
comprovada após o cruzamento dos dados da folha de pagamento dos funcionários
da Prefeitura Municipal de Amargosa, com a relação nacional dos beneficiários.
Constam ainda no relatório da CGU, famílias de beneficiários do
Bolsa Família
vinculados a empresas particulares, aposentado e pensionista do INSS, e curiosamente, a fiscalização constatou que funcionários do Governo do Estado da Bahia recebiam dinheiro do Programa, com renda superior a estabelecida.
vinculados a empresas particulares, aposentado e pensionista do INSS, e curiosamente, a fiscalização constatou que funcionários do Governo do Estado da Bahia recebiam dinheiro do Programa, com renda superior a estabelecida.
Sobre as verbas Federais da Educação aplicadas em Amargosa, a
CGU verificou a utilização de recursos do FUNDEB (Fundo Nacional da Educação
Básica) para pagamento de despesas que contrariam as determinações previstas em
lei. Além disso, a antiga administração do Município devolveu recursos ao
Governo Federal, quando, segundo a CGU, deveriam ter sido distribuídos entre os
profissionais do magistério na forma de abono.
Em 2011,o ano letivo em Amargosa teve início no dia 14 de fevereiro
e encerramento em 10 de dezembro. As aulas de recuperação e avaliação final foram
até 21 de dezembro.No entanto, a Prefeitura de Amargosa realizou, entre 23 de
dezembro e 03 de janeiro, a compra de gêneros alimentícios para merenda escolar
no valor de R$23.773,14, num período em que não houve atividades letivas. Neste
caso, o que chama ainda mais atenção é que alimentos perecíveis como, frutas,
verduras e legumes foram comprados neste período sem aulas e que pela lógica
deveriam ter estragado. Segundo o texto do relatório: “Em visita ao Depósito Central de Merenda, constatou-se que não havia
registro de estoque final em 2011 e estoque inicial em 2012, bem como também
não havia registro de distribuição de merenda às escolas do Município nesse
período (23.12.12 a 03.01.12). Ainda que essas compras fossem para atender o
ano letivo de 2012, o qual teve início em 08 de fevereiro, como justificar a
aquisição de frutas e verduras (parte das aquisições) com relevante
antecedência, sem que os mesmo não se deteriorassem?”.
Sobre este item a CGU afirma que não foi apresentado qualquer
documento comprovando que houve atividades letivas durante o período citado,
nem outro que comprove a distribuição dos produtos adquiridos para a Rede
Municipal de Ensino.
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