O
técnico em emfermagem, Nilson Oliveira da Silva, suspeito de ter
assassinado a tiros a ex mulher, a projetista Danúbia Alvin da Silva
Lopes, 29 anos, na última quinta-feira (9) se apresentou na manhã desta
terça-feira (14) na
Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) e negou ter
praticado o crime. Ele foi apresentado pelo advogado Flávio Tavares,
ouvido e interrogado pela delegada Dorean dos Reis Soares. A justiça
tinha decretado a prisão preventiva de Nilson e ele foi levado para o
Conjunto Penal de Feira de Santana.
Segundo
a delegada, o suspeito confessou que esteve com Danúbia na quarta-feira
à noite, jantaram, tiveram relações sexuais, e como tinha que viajar
para a cidade de Brejões para resolver um problema bancário no dia
seguinte, ele teria saído de casa, mas esqueceu a carteira com os
documentos. Nilson disse que retornou para buscar a carteira às 23h40 e
encontrou um homem no corredor da casa de cueca e armado.
Ainda
de acordo com a delegada, Nilson contou que teria desarmado o homem,
entraram em luta corporal, havendo deflagração de tiros. Ele disse não
lembrar a quantidade de disparos e nem de ter atirado em Danúbia. “O
suspeito disse que queria atirar na pessoa que estava dentro da casa”,
afirmou Dorean.
Nilson
Oliveira afirmou ainda no depoimento à delegada, lembrar que após o
ocorrido pegou a BR-324 no carro de Danúbia, depois pegou a BR-101 e
largou o carro em um posto de combustível. Ele teria ficado escondido
dentro do mato e depois entrou em contato com a família, seguindo para a
cidade de Conceição do Coité. Sobre as perfurações no corpo da vítima,
ele disse não saber.
A
delegada Dorean disse não acreditar na versão contada por Nilson
Oliveira e afirma que está convencida de que ele matou Danúbia por
ciúmes. “Eu sempre digo: ‘quem ama não mata, quem ama cuida’. Ele já
vinha demonstrando indícios de que era violento. Houve uma discussão,
ela estava separada dele e ele não aceitava o final do relacionamento, o
que culminou na morte de Danúbia”, afirmou.
O
advogado Flavio Tavares, constituído por Nilson Oliveira, confirmou que
seu cliente disse ter uma terceira pessoa no local do crime, fato que,
segundo ele, deve ser apurado pela polícia. De acordo com o advogado,
Nilson já sabia da possibilidade da decretação da prisão preventiva e
afirmou que ele desejava se apresentar para esclarecer os fatos.
Enquanto
o suspeito do crime, Nilson Oliveira, prestava depoimento, familiares
de Danúbia estiveram na delegacia para acompanhar a apresentação. O
irmão da vítima, o supervisor de vendas Nilson Lopes, destacou que a
irmã era uma pessoa honesta, trabalhava e era recém formada em Ciências
Contábeis, mas que atualmente trabalhava com design. “O que resta dela
agora é só a saudade, da família, dos muitos amigos que tinha e da filha
que agora está conosco”, afirmou.
Ele
disse que está feliz com o trabalho da polícia que teve uma ação firme e
com seriedade, desde o início do inquérito, representando pela prisão
preventiva. “A gente fica pelo menos com o consolo de que a justiça está
sendo feita e em nome da família quero agradecer a todos os amigos que
estiveram do nosso lado nos apoiando”.
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