Até
o dia 20 de junho, quando Uruguai e Nigéria jogam em Salvador pelo
Grupo B da Copa das Confederações, a Arena Fonte Nova passará a levar o
nome da cerveja Itaipava, que ontem assinou contrato de dez anos (R$ 100
milhões no total e R$ 10 milhões por ano) com o consórcio formado
pelas construtoras OAS e Odebrecht, administrador da praça esportiva.
No domingo, na reinauguração do estádio
com o clássico Ba-Vi, haverá venda de cerveja Itaipava sem álcool nas
cantinas. Porém, durante as competições organizadas pela Fifa, o nome
não poderá ser usado porque a entidade é patrocinada pela cervejaria
americana Budweiser e não permite a publicidade de empresas concorrentes
durante os seus eventos.
Vale lembrar que anteriormente o
governador da Bahia, Jaques Wagner, queria dar o nome do ex-presidente
Lula à praça esportiva e um movimento encabeçado pela Associação Bahiana
de Imprensa (ABI) defendia a manutenção do nome do ex-governa
dor
Octávio Mangabeira.
O Grupo Petropólis, que controla a
Itaipava e outras cinco marcas de cerveja, pretende, por meio do acordo
publicitário com o consórcio, ampliar a participação da cervejaria no
mercado baiano. Atualmente, a Itaipava é responsável por 0,5% das vendas
de cerveja na Bahia e pretende chegar ao percentual de 15%.
No Baianão, as publicidades na Arena
Fonte Nova serão da cervejaria Schinchariol. “Chegamos a oferecer o
patrocínio do Estadual para a Itaipava, mas eles não se interessaram”,
revelou o presidente da Federação Baiana de Futebol (FBF), Ednaldo
Rodrigues.
Já no Campeonato Brasileiro, a publicidade é da cervejaria Brahma. Ou seja: uma overdose de cervejas.
Na Copa das Confederações, de junho a
julho deste ano, e na Copa do Mundo de 2014, a Budweiser poderá
comercializar bebida alcoólica, o que o Estatuto do Torcedor não
permite no Estadual e no Brasileirão.
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