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quarta-feira, 3 de abril de 2013

POR 100 MILHÕES ITAIPAVA VAI BATIZAR ARENA E TOME FRIA

Até o dia 20 de junho, quando Uruguai e Nigéria jogam em Salvador pelo Grupo B da Copa das Confederações, a Arena Fonte Nova passará a levar o nome da cerveja Itaipava, que ontem assinou contrato de dez anos (R$ 100 milhões no total e  R$ 10 milhões por ano) com o consórcio formado pelas construtoras  OAS e Odebrecht, administrador da praça esportiva.
No domingo, na reinauguração do estádio com o clássico Ba-Vi,  haverá venda de cerveja Itaipava sem álcool nas cantinas. Porém, durante as competições organizadas pela Fifa, o nome não poderá ser usado porque a entidade  é patrocinada pela cervejaria americana Budweiser e não permite a publicidade de empresas concorrentes durante os seus eventos.
Vale lembrar que anteriormente o governador da Bahia, Jaques Wagner, queria dar o nome do ex-presidente Lula à praça esportiva e um movimento encabeçado pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI) defendia a manutenção do nome do ex-governa
dor  Octávio Mangabeira.
O Grupo Petropólis, que controla a Itaipava e outras cinco marcas de cerveja,  pretende, por meio do acordo publicitário com o consórcio, ampliar a participação da cervejaria no mercado baiano. Atualmente, a Itaipava é responsável por 0,5% das vendas de cerveja na Bahia e  pretende chegar ao percentual de 15%.
No Baianão, as  publicidades na Arena Fonte Nova  serão da cervejaria Schinchariol. “Chegamos a oferecer o patrocínio do Estadual  para a Itaipava, mas eles não se interessaram”, revelou o presidente da Federação Baiana de Futebol (FBF), Ednaldo Rodrigues.
Já no Campeonato Brasileiro, a publicidade é da cervejaria Brahma.  Ou seja: uma overdose de cervejas.
Na Copa das Confederações, de junho a julho deste ano, e na Copa do Mundo de 2014, a Budweiser poderá comercializar bebida alcoólica,  o que o Estatuto do Torcedor não permite no Estadual e no Brasileirão.

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