Em rede nacional de TV, o presidente do Senado
celebra a 'Lei da Igualdade' e assume a paternidade da PEC das
Domésticas, promulgada minutos antes diante de representantes das
trabalhadoras domésticas; nesta terça, ele também esteve ao lado da
presidente Dilma, no Ceará, no anúncio de medidas contra a seca; há dois
meses no comando do Senado, ele já promoveu diversas medidas de
contenção de custos; aos poucos, político alagoano reconstrói sua imagem
após o massacre do movimento "Fora, Renan"
2 de Abril de 2013 às 21:41
Alagoas 247 - "Sei que esses direitos vão trazer
novos custos para empregadores. Mas, assim como a liberdade tem um
preço, assim como a democracia tem um preço, a igualdade também tem o
seu preço", discursou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
durante pronunciamento transmitido em rede nacional de televisão nesta
terça-feira, para anunciar a promulgação da PEC das Domésticas. Dois
meses depois de assumir o Senado debaixo de protestos populares, Renan
reforça a agenda positiva iniciada pelo anúncio de medidas para reduzir
em R$ 300 milhões os gastos do Senado até 2015.
Ao apresentar a lei de forte apelo popular, o peemedebista disse que
"o Brasil
está assumindo que a igualdade é a regra, e a regra tem
começar dentro de casa". "Até porque está mais do que comprovado que as
nações mais justas são também as mais ricas e mais avançadas",
continuou, no pronunciamento que foi transmitido pouco mais de uma hora
após a promulgação da emenda em sessão do Congresso Nacional.
Na mensagem, Renan chega a comparar a 'Lei da Igualdade' à Lei Áurea,
que aboliu a escravidão no Brasil. "Vejo, ainda, nesta lei um
significado que vai além das garantias que ela traz para os
trabalhadores domésticos. Vejo que ela expressa nossa disposição de
atuar sempre e cada vez mais em sintonia com a sociedade. E podem estar
certos que novas conquistas virão. Afinal, é preciso que um país atinja o
amadurecimento histórico, social e econômico para transformar a
igualdade de um ideal abstrato em uma realidade concreta vivida por
todos", afirmou.
Agenda positiva
A aparição de Renan na tevê dá sequência a uma agenda positiva que o
presidente do Senado se impôs após voltar ao comando do Congresso
Nacional. Seu retorno à presidência do Senado provocou muito barulho e,
inclusive, inaugurou a era das petições online, com mais de 1,6 milhão
de assinaturas pela sua renúncia, num movimento que ficou conhecido como
"Fora, Renan". Nos dois meses em que está no cargo, contudo, o
peemedebista anunciou medidas para reduzir os gastos do Senado em R$ 300
milhões, e o coro esfriou.
Nesta terça-feira, em mais uma demonstração de que está conseguindo
virar a página, Renan representou o Senado na reunião do Conselho
Deliberativo da Sudene, em Fortaleza, acompanhando a presidente Dilma
Rousseff. Na presença dos nove governadores da região e do ministro da
Integração Nacional, Fernando Bezerra, a presidente anunciou medidas
para combater os efeitos da seca no Nordeste, considerada uma das piores
dos últimos 50 anos
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