A Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, formada por
entidades do poder público e da sociedade civil organizada da Bahia,
terá um centro de referência, que funcionará na Avenida Sete de
Setembro, no Prédio da Fundação Pedro Calmon, no Centro de Salvador. A
unidade será composta por representantes de 20 entidades, que vão dar
orientações às vítimas de racismo.
As denúncias serão ouvidas no local e encaminhadas às entidades e
órgãos que operam no combate à discriminação racial no Estado, como
delegacias, Ministério Público e órgãos federais. Uma das propostas da
rede é estimular a produção acadêmica e a formação de agentes
multiplicadores do conhecimento sobre legislação antirracista e
anti-intolerância religiosa.
Além do fortalecimento das organizações da sociedade civil que prestam
serviços de acompanhamento e atendimento às pessoas, a rede também busca
promover a integração e compartilhamento de banco de dados das
organizações articuladas para recebimento de denúncias, acompanhamento
de casos e divulgação de informações sobre racismo e intolerância.
A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), que promove discussão
sobre o combate ao racismo e a intolerância religiosa no sul da Bahia, é
uma das integrantes da rede, lançada na ultima segunda-feira, 18,
durante solenidade na sede da na Governadoria, no Centro Administrativo
da Bahia (CAB), em Salvador. O governador Jaques Wagner, a ministra da
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza
Bairros, e o secretário de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Elias
Sampaio, estavam presentes.
A Uesc promove os debates nos seus departamentos, principalmente
Filosofia e Ciências Jurídicas, por meio de atividades dos Núcleos
"Kàwé - Núcleo de Estudos Afro-Baianos Regionais" e "ICER - Identidade
Cultural e Expressões Regionais", além de estudos nos projetos "Coisas
do Gênero: Patrimônio e Cultura", "Grupo de Pesquisa Estudos do
Atlântico e da Diáspora Africana" e "Interlocução entre Comunidades
Indígenas e Afro-brasileiras".
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