Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias
O governador Jaques Wagner (PT)
não pretende seguir o script que tem se consolidado na política brasileira de
que governadores que passam oito anos no poder e não podem tentar um terceiro
mandato devam disputar uma vaga no Senado Federal. Em entrevista publicada
nesta quinta-feira (28) pelo Valor Econômico, o petista afirma que foi
inventada no Brasil uma "regrinha" nesse sentido, mas deixa claro que
seu futuro político está aberto a outras possibilidades, entre elas a de ser
ministro num eventual segundo mandato de Dilma Rousseff ou disputar uma
cadeira na Câmara dos Deputados. "Tenho uma missão muito clara que é a de
manter o Eduardo na aliança. Vou trabalhar por isso", declarou Wagner, ao
se referir ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com quem
conversou por seis horas no final do mês passado. Segundo o Valor, foi com esta
lógica que o governador da Bahia tentou persuadir seu colega do estado vizinho
a se manter na base aliada e disputar a corrida presidencial ao lado do PT, em
2014. “O principal conselho do petista ao colega foi: costure seu projeto ‘por
dentro’ ”, diz o jornal. Na entrevista, Wagner admite que está entre os
potenciais candidatos do Partido dos Trabalhadores para o Palácio do Planalto.
"Dentro do PT, se fizer uma lista de três, quatro nomes para 2018 o
meu está no meio. Não é uma obsessão. Pois desejo alimenta a alma; obsessão
cega. Quando vira obsessão, começa a fazer bobagem", diz Jaques Wagner. Se
o PT cederia para Eduardo Campos em 2018? “Ninguém cede o poder graciosamente”,
respondeu Wagner, ao deixar pistas valiosas aos aliados estaduais que sonham em
encabeçar a chapa governista que vai disputar a sucessão do petista no governo
da Bahia, em 2014 . Com relação a uma possível candidatura das oposições no
estado, capitaneada por Geddel Vieira Lima (PMDB), Wagner disse que, se houver,
vai ficar “meio perna quebrada” porque, afirma, se o
vice-presidente da República, Michel Temer, “estiver lá de vice” da chapa de
Dilma Rousseff, “não vai ter nem o Michel no palanque dele [Geddel]”. Fonte: Samuel Celestino
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