Os
candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que inseriram uma
receita de miojo e trechos do hino do Palmeiras na redação disseram
ao G1 que esperavam tirar nota zero na prova. Segundo eles, a intenção
era testar o sistema de correção da prova de redação. No entanto, de
acordo com Paulo Portela, diretor-geral do Centro de Seleção e de
Promoção de Eventos (Cespe), órgão da Universidade Federal de Brasília
(UnB) responsável pela aplicação do Enem, o edital do exame tem regras
claras sobre as transgressões que anulam a prova. E trechos fora de
propósito escondidos entre parágrafos pretensamente sérios não configura
uma fuga completa ao tema. Esta falha só existe se o candidato não cita
a proposta da prova em nenhuma parte de seu texto.
Nesta
semana, as redações de dois estudantes que já estavam matriculados no
ensino superior, e por isso fizeram o Enem sem pretensão de tirar nota
alta, acabaram ganhando destaque pela peculiaridade dos textos. Fernando
César Maioto Júnior, de São José do Rio Preto (SP), inseriu no meio da
redação sobre imigração no século 21 trechos do hino do Palmeiras e
tirou nota 500 --a pontuação vai de 0 a 1.000. Já
Carlos Guilherme Custódio Ferreira, de Campo Belo (MG), decidiu ensinar
uma receita de 'miojo' antes de concluir seu texto intitulado
"Imigração ilegal", que acabou avaliado com a nota 560. O objetivo dos
dois era provar que os corretores não liam as redações com atenção e,
por isso, a nota dos candidatos era aleatória
Nenhum comentário:
Postar um comentário