Depois da polêmica envolvendo o rato rabudo, a TV Cidade Verde foi
até o povoado Brejinho, em Assunção do Piauí, e comprovou que o roedor é
apreciado como alimento no cotidiano do sertanejo, e não usado como
alimento em função da seca na região.
Reprodução/TV Cidade Verde
Morador mostra rato rabudo, aproveitado na culinária
No
último fim de semana, o portal de notícias UOL noticiou que moradores
do interior do Piauí estariam comendo ratos para escapar da fome na
seca. Porém, até o prefeito da cidade, que dista cerca de 280
quilômetros a Leste de Teresina, contestou a informação.
"Ele não é rato. Ele é da floresta. Ele não come sujeira", reclamou um morador para a TV Cidade Verde.
O
repórter Tiago Melo e sua equipe visitaram a cidade na divisa do Piauí
com o Ceará. Foi até as regiões rochosas onde o animal se esconde.
Armadilhas conhecidas como quixó - são montadas com uma pedra sustentada
por gravetos. Atraídos por pedaços de mandioca, os bichos acabam
abatidos.
Na cozinha, o rato rabudo é escaldado
em água quente para retirada dos pelos. Depois as vísceras são
extraídas. A carne é escaldada e só então vai para a frigideira, onde é
frita com óleo. O roedor é servido em pedaços e com farinha, como se
fosse um prato de tira-gosto.
"O gosto é normal. Parece muito com carne de frango, depois que fica frito", relatou o repórter Tiago Melo, após provar o prato.
O
repórter foi incentivado pelo empolgado José Bezerra. O aposentado
revela que o rato rabudo faz parte de sua dieta. "No dia que eu como
para encher o bucho eu fico é mais forte", comenta
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