Quando
a fumaça branca surgiu por volta das 15h (horário de Brasília) de
ontem, poucos na multidão que aguardava o anúncio do novo papa na Praça
de São Pedro apostavam nele. Para surpresa do mundo católico, o
argentino Jorge Mario Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires, foi eleito o
primeiro papa latino-americano e o 266º da história da Igreja.
Ele escolheu o nome de Francisco. É o
primeiro pontífice não-europeu em quase 1.300 anos. Na quinta votação,
ele foi escolhido por pelo menos 77 dos 115 cardeais que participaram do
conclave na Capela Sistina, no Vaticano, no segundo dia da reunião.
Com o tradicional “Hebemus papam”
(temos papa), o anúncio oficial foi feito pelo mais velho dos cardeais,
o francês Jean-Louis Tauran. Sob chuva, a multidão estimada em cem mil
pessoas cantava e pulava, gritando “viva o papa”. Aos 76 anos, Bergoglio
também é o primeiro jesuíta a se tornar o líder espiritual dos 1,2
bilhão de católicos do mundo, como sucessor de Bento XVI, que renunciou
em 28 de fevereiro, após oito anos.
O papa Francisco quebrou o protocolo ao
pedir aos devotos para fazer uma oração para ele e para Bento XVI. A
reza foi conduzida na sua primeira aparição pública. Antes, ele
agradeceu a acolhida dos fiéis reunidos na Praça São Pedro e comentou
que os cardeais “foram até o fim do mundo” para encontrar um novo
pontífice. De acordo com a imprensa argentina, Bergoglio figurou entre
os mais votados no conclave de 2005, que elegeu Joseph Ratzinger como
sucessor do papa João Paulo II.
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