A compra do passe do atacante brasileiro Alexandre Pato, que jogava no
Milan, da Itália, foi praticamente casada com a assinatura do patrocínio
da Caixa com o Corinthians, no valor aproximado da transferência: R$ 40
milhões. O "timão" vai receber essa quantia anualmente. O patrocínio
foi mínimo chancelado pelo ex-presidente Lula, torcedor do Corinthians, e
acertado pela agência de propaganda Nova/SB, que atende à Caixa e da
qual participa o expoente petista Marcos Flora. A agência fatura R$ 600
milhões no contrato com a Caixa, celebrado desde o início do governo
Lula, em 2003. Seu presidente, Bob Vieira da Costa, é um "case" de
sobrevivência política: ex-ministro de FHC, a quem coube inclusive
discriminar - na gestão da verba publicitária governamental - veículos
de comunicação que criticavam a gestão tucana ou abriam espaço a
políticos do PT, ele virou o tucano que mais fatura com negócios da
gestão pettista. Foi só se associar a Marcos Flora para Vieira da Costa
correr para o abraço com o petismo. Mas, baseado numa ação popular, o
juiz Altair Antonio Gregório, da 6ª Vara do Tribunal Regional Federal do
Rio Grande do Sul, estragou e revelou farra, determinando a suspensão
do pagamento do patrocínio da Caixa ao Corinthians. A ação popular foi
ajuizada pelo advogado gaúcho Antônio Beiriz, com a alegação de que o
pagamento é lesivo ao patrimônio público da União. Segundo Beiriz, a
Caixa, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda, estaria
gastando com publicidade inócua e destituída de caráter informativo, em
desacordo com o art. 37 da Constituição Federal. (Cláudio Humberto)
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