1. Crer que o Evangelho não está em disputa com as Religiões do mundo, e nem tampouco pretende ser uma delas.
2. Crer
que a obra de evangelização nada é além do viver em fé a revelação do
amor e da Graça de Deus em Cristo Jesus, sem nenhuma questão.
3. Crer
que toda “missão” com o tempo estraga a Missão Original, pois esta só
permanece pura enquanto é fruto do amor que faz sem perceber e sem
contar…
4. Crer que ela não é a Juíza do Homens, nem a
mantenedora dos bons costumes, mas a propagadora da Palavra que a
atingiu como Boa Nova, a saber: que Deus estava em Cristo reconciliando
consigo mesmo o mundo, e não imputando aos homens as suas transgressões.
5. Crer
que o Espírito Santo é Vivo, Livre e Soberano, e que a Palavra é Viva e
Eficaz, sendo, portanto, trabalho do Espírito e da Palavra, convencer
os homens do pecado, da justiça e do juízo—não sendo esta, portanto, a
tarefa da Igreja.
6. Crer que ela é a comunidade dos que
foram chamados nos becos, vielas e antros da Terra—conforme a parábola
de Jesus; e isso porque os filhos de Abraão segundo a carne não se
acharam dignificados pelo convite—; e, portanto, dela se espera que
aceite o convite, que vista-se com as vestes da justiça da fé, e que não
questione a presença de ninguém nas Bodas do Cordeiro.
7. Crer
que por uma questão de ordem histórica e funcional, a Igreja se mostra
como “igreja”, e que é parte do movimento de cura “desta” o buscar ser
sempre Aquela.
8. Crer que a única leitura bíblica que não
perverte a consciência no caminho da lei, da moral e da religião, é
aquela que tem em Jesus a sua Chave Hermenêutica; sendo que depois dessa
compreensão em fé há uma única questão a ser levantada pelo povo de
Deus ante leitura da Palavra: Como Jesus interpretou essa questão com as
ações de Sua própria existência humana? É no espírito dos gestos de
Jesus que a Palavra Encarnada se explica e se mostra aos nossos olhos.
Ele a interpretou para nós.
9. Crer realmente que o fim da
Lei é Cristo para a justiça de todo aquele que crê. Portanto, em Jesus
encerrava-se uma Era e iniciava-se o que É. Tudo o que veio antes era
sombra. Nele, em Cristo, estão todos os tesouros da sabedoria e do
conhecimento. Nele está todo o saber para a vida.
10. Crer
que é impossível renovar para arrependimento quem um dia disse
que cria
que em Jesus toda a Lei se cumprira; que toda justiça se fez em favor
dos homens; que tudo o que houvera antes teve em Cristo seu cumprimento e
totalização; mas, mesmo assim, insiste em pregar ao povo um caminho
quase-de-Cristo. Sim, a esses que já foram iluminados pela consciência
da Graça de Deus em Cristo, e dela caíram, rendendo-se aos legalismos e
às doutrinas de homens—é impossível renovar para arrependimento, visto
que depois de terem crido que em Jesus Tudo Está Consumado, voltaram
atrás, e puseram pesados e falsos jugos de opressão sobre os filhos dos
homens. Esses não sabem mais o que é arrependimento e
gratidão—esqueceram de quem são!—, visto que trataram a Cruz como quem
pisa nela, e a despreza como o Feito Que Fez.
11. Crer que
os dons de Deus concedidos aos homens são para serviço, de tal modo que
um apóstolo é servo de todos, pois quanto mais se chega perto do Cabeça,
mais a mente deve discernir que a única forma de servir a Cristo é
fazendo como Ele: esvaziando-se…e se tornando figura humana…reconhecível
em sua humanidade…e jamais usurpando nada da Glória da Graça de Deus.
12. Crer
que somente se nos tornarmos gente boa de Deus é que teremos qualquer
chance de sermos percebidos genuinamente como povo de Deus na Terra; do
contrário, seremos sempre apenas parte da Religião Cristã.
13. Crer
que Deus não se contamina com a presença de quem quer que seja, e que a
Igreja é como uma porta aberta, não é uma Lavanderia e nem um Tribunal.
Portanto, que sejam todos bem-vindos ao ajuntamento do povo de Deus.
14. Crer
que Deus não está chamando clones para formar a Igreja, mas indivíduos,
completamente únicos e singulares; e que todos terão que fazer seu
próprio caminho na Graça de Deus; e, portanto, ninguém tem o poder ou o
direito de julgar quem quer que seja por ser diferente.
15. Crer
que o único Dogma da Fé é o amor, e que tudo o mais, sem amor, é apenas
presunção humana e de nada aproveitará aos olhos de Deus, mesmo que a
doutrina esteja certa.
16. Crer que a apostasia da igreja
não vem em formas, mas em conteúdos. E a grande apostasia nunca será
sobretudo comportamental, mas confessional, pois admite-se que todo
homem é pecador e erra—pecar não lhe é algo alienígena—; a Palavra de
Deus, porém, é perfeita; por isso, falsificá-la, negando a Graça de Deus
realizada e consumada em favor de todos os homens, é desvio da fé, e é a
Grande Apostasia.
17. Crer que a língua é o pior veneno do
homem, e que é pela língua que a “igreja” mais ofende a Deus e ao
próximo—com seus juízos, certezas, arrogâncias e delírios—;sendo,
portanto, imprescindível que todo e qualquer progresso espiritual seja
medido pelo modo como os homens usam a sua própria língua em relação ao
próximo.
18. Crer que se desejarmos ser aproveitados como
servos no reino de Deus, temos que nos desconverter de todas as nossas
práticas, valores, importâncias e dogmas anteriores—visto que o Espírito
não tirará pedaço de pano novo para remendar as vestes velhas. Cada
geração tem que ouvir a Palavra com os ouvidos do Dia Chamado Hoje, que é
Dia de Salvação.
19. Crer que ter a mente de Cristo não é possuir conhecimento técnico da Bíblia, mas sim ser capaz de olhar a vida com o olhar da misericórdia, da justiça e da Graça.
20. Crer
que Deus deseja prosperar o Seu povo no corpo, na mente e no espírito, e
que o sinal de tal prosperidade é a gratidão, o trabalho honesto, e a
devoção integrada à totalidade da vida.
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